segunda-feira, 10 de maio de 2010

Frederico Gil - Oportunidade de uma vida

Acabou ontem mais uma edição do Estoril Open que pela primeira vez na história contou com um português na final do torneio. Frederico Gil, assim se chama o homem que obrigou Albert Montañes (agora nº33 do Ranking ATP) a puxar de galões para revalidar o titulo conquistado no ano anterior.

Frederico Gil nunca teve a vida fácil aliás, Montañes teve sempre o jogo controlado pois até praticamente ao fim do 2º set Gil nunca teve oportunidade para fazer o break. Mas como quem acompanha ténis sabe as coisas podem mudar de um momento para o outro e Gil com o apoio do público, que foi fantástico durante toda a partida, conseguiu dispor de um break point (tudo isto logo depois de ter salvo 2 matchs points no seu jogo de serviço) e conquistá-lo fazendo o 5-5 no 2º set. Este foi o grande ponto de viragem da partida pois apesar de logo a seguir ter sofrido o break no seu jogo de serviço e permitir o 5-6, Gil limpou o serviço do espanhol não dando qualquer hipótese e forçando o Tie-Break onde não vacilou. Tudo corria bem e já no derradeiro set Frederico vencia por 3-0 mas provavelmente o facto de ter a vitória ali tão perto e talvez o facto de não estar habituado a finais deste nível acabou por permitir a recuperação do espanhol que fechou o encontro em 6-2, 6-7 e 7-5. Um final inglório para o português depois da resiliência e do espírito combativo que mostrou.

Se formos a ver o percurso do português do torneio é verdade que ficou com a vida muito facilitada principalmente com a desistência de Ljubicic mas também não é menos verdade que defrontou 4 jogadores top 100 e derrotou 3 e que na final defrontou um tenista cuja grande especialidade é a terra batida e chegou ao Estoril já com vários torneios deste piso disputados este ano.
Uma palavra ainda para Rui Machado que fez um excelente torneio também, Federer acabou por desiludir no court mas mostrar que é um homem de grande carácter dentro e fora dele. Já Michelle Brito também desiludiu depois dos "brilharetes" a que nos começa a habituar mas ainda é muito jovem e tem uma grande margem de progressão.

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